Uma das principais características do Autismo ( Transtorno do Espectro Autista – TEA) é a dificuldade de interação com outras pessoas. Isso ocorre devido a uma série de dificuldades que acompanham a síndrome, tais como: problemas sensoriais, atraso de linguagem, dificuldades para usar formas de comunicação e de perceber sentimentos, gestos e faces humanas.
Contudo, a interação do autista é possível sim; através de muitos estímulos, paciência, dedicação e carinho. Confiram as dicas que preparamos para auxiliá-los nesse processo!
1- A escola é fundamental
A escola é uma parte importante da socialização da pessoa com autismo. Isso porque a convivência permite que o autista seja capaz de compreender as habilidades de socialização, percebendo o que os gestos significam e como interagir com os colegas.
Neste contexto, a sensibilidade e a compreensão da escola é salutar e os professores devem ser preparados para a possibilidade de sair com a criança para fora da sala em caso de intolerâncias e desenvolver atividades alternativas e compensatórias, buscando assuntos ou meios que o atraia. Tais atitudes evitarão que a criança venha a repudiar a escola com seus barulhos e regras impositivas e passe a apreciar seu ambiente. Além disto, é importante tomar medidas que previnam bullying e conscientizem a todos na escola sobre o que significa o Autismo e como proceder com seu amigo autista, o qual costuma ser socialmente ingênuo e indefeso.
2- Procure a ajuda de profissionais
Procure trabalhar com um psicólogo ou outro profissional as habilidades sociais da pessoa autista. As terapias ensinam os pacientes a reconhecerem situações-problema em potencial e a utilizarem estratégias para que eles possam lidar com a maioria das situações.
Uma situação muito comum é o autista ficar nervoso diante do barulho excessivo e da presença de pessoas que não pertençam ao seu ciclo de convivência. Nesse momento, é importante traçar estratégias para acalmá-lo ( como levá-lo para um lugar calmo e colocar um vídeo no celular de que ele goste); para que assim ele consiga permanecer no local por mais tempo.
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3- Comunique-se com fotos e aplicativos
Incorporar histórias em imagens na rotina das pessoas com autismo, principalmente diante de assuntos difíceis como a partilha e comunicação de sentimentos pode ser uma boa forma de ajudá-los a interagir. Busque na internet figuras de crianças rindo, chorando, brincando com outras crianças e use a criatividade para montar historinhas que ensinem o autista de forma lúdica a lidar com diversas situações do dia a dia. Aplicativos, como o Talking Tom Cat, constituem também outra ferramenta importante de ajudar o autista na comunicação.
4- Regras de linguagem social
O fonoaudiólogo irá ajudar a pessoa com autismo a melhorar sua fala e até mesmo aprender a efetuar contato com os olhos, uma habilidade fundamental para a interação social.
5-Ajude-o a fazer amigos
Tanto na escola como em outras situações sociais, as pessoas com autismo irão funcionar melhor com a ajuda dos pais. Isso porque o apoio da família é essencial para entender possíveis intercorrências negativas no cotidiano sentidos pela criança e diminuir, assim, medos e fobias específicas que podem gerar repúdio da criança para encarar novos ambientes ou até ambientes com os quais já tinha se habituado.
Por exemplo, quando a criança com autismo for sair para brincar é importante que os pais a acompanhem e tentem fazer uma aproximação com as outras crianças, sempre buscando integrar o autista nas conversas e brincadeiras. Convide as crianças para brincarem na sua casa e acompanhe a brincadeira para garantir que o autista não se isole. Leve-o para festinhas e outros eventos sociais e aos poucos tente expandir o limite de tolerância da pessoa autista.
Por Talita Cazassus Dall’Agnol
https://alessandroneri1.wordpress.com/2017/05/03/miguelzinho/
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Visto que a educação é inclusão,então deveria preparar mais os futuros profissionais da para um acolhimento de excelência nesse contexto Inclusão é empatia,é o mesmo que dizer :Eu amo você !
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Que verdade!!!
Um forte abraço
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Eu tenho uma sobrinha que é autista foi muito difícil para mim é todos os nossos familiares pois ninguém sabia como lidar com ela .Muitas vezes me sentir incapaz hoje já me sinto mais segurança ao interagir com todos eles..
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Tenho uma filha tem síndrome de down e autismo atípico ! O odiagnóstico foi tardio.
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Olá tenho um sobrinho com SD e tea . É tão severo que nós perdemos na educação. Ele tem 9 anos , não fala só grita, ainda usa fraldas, não sabemos como ensina lo a usar o banheiro, na mesma hora que beija já bate, morde arranha, puxa os cabelos da gente, outro dia veio me beijar e me mordeu, temos receio dele crescer e continuar assim, ele não encherá direito e não usa óculos de maneira alguma, esta frequentando apae mas apenas duas vezes por semana das duas às três horas, não vemos nenhuma evolução e não sabemos mais onde procurar ajuda, te peço, nos ajude, pois ele é a nossa razão de viver, queremos que ele tenha qualidade de vida . Por ele não saber se comunicar nós não sabemos quando ele tem dor ou onde dói, por favor nos dê uma luz.
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Olá Fátima, bom dia! Primeiramente, fique tranquila, pois essas estereotipias que você descreveu podem ser controladas e muitas até eliminadas com o tratamento adequado. Contudo, o processo exige uma dose de paciência, pois pode demorar meses ou até anos. O primeiro passo é levá-lo para avaliação de uma equipe multidisciplinar ( fono, neurologista, psiquiatra…), assim eles vão indicar o melhor tratamento para o seu sobrinho. O que pode envolver o uso de ansiolíticos, como no caso do meu irmão e que o ajudou muito a controlar esses comportamentos. Uma dica valiosa é: não permitam esses comportamentos em casa. Se ele for beijar e morder, o reprima como faria com qualquer criança. No começo, ele pode ficar mais agressivo, mas com o tempo ele vai entendendo a mensagem. Procure também forçar o contato visual com ele, para que ele não fique apenas em seu mundo. Fizemos isso com o meu irmão autista e deu certo! Enfim, espero que essas dicas possam ajudá-las. Um abraço
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