A pessoa com deficiência enfrenta diariamente diversos desafios devido a sua condição física e/ou mental. Kyle Bryant, portador de uma doença degenerativa, contou como faz para superar esses desafios no post Living with a disability: How to face everyday challenges que decidi compartilhá-lo com vocês!
Confiram!
Cada dia que me levanto e vejo o sol entrando pela janela, puxo o lençol, coloco meus pés solidamente no chão e graciosamente retorno à minha cadeira de rodas.
Já faz 6 anos que uso cadeira de rodas.
A Ataxia de Friedreich ( AT) é uma doença neurodegenerativa, então a princípio eu não usava muito cadeira de rodas, contudo nos últimos 2 anos passei a usá-la mais e mais até que percebi que havia meses em que eu não andava mais que 10 ou 20 passos.
Foto: Rick Guidotti para Positive Exposure
Pare de tentar ser uma pessoa “cool”
Para conseguir ficar de pé por um pouco mais de tempo decidi tentar usar uma das coisas que evitei por muito tempo. Eu comprei um andador.
Eu hesitei tanto em usá-lo, pois pensava que usar andador não era algo muito “cool”. No entanto, o foco da minha vida mudou nos últimos 10 anos e como estou apenas na casa dos trinta, sinto-me como se tivesse ganhado o direito de relaxar um pouco em tentar ser uma pessoa cool o tempo todo.
Escutei de algumas pessoas que uma das melhores coisas em ser um homem mais velho é que você conquistou isso e por isso há menos necessidade de tentar ser legal o tempo todo. Ah, quando digo 30 anos, na verdade estou querendo dizer 50…ok 60 anos!
De qualquer forma, eu comprei um andador!
Dê um passo de cada vez
Na verdade, é um pouco maior que o andador padrão. Chama-se andarilho e tem 4 rodas, além de uma alavanca de freio.
Eu comprei ele no Amazon e quando chegou coloquei-o imediatamente e dei uma caminhada pelo hall.
Senti com se tivesse uns 2 metros de altura!
Foi uma mudança legal para quem ficava sentado na cadeira. E, então, eu fiquei tão extasiado que perdi o equilíbrio e quase cai no chão. Precisei de um pouco de prática, mas gostei!
Um avanço por acaso
Um dia decidi deixar a cadeira de rodas em casa e usar apenas o andador. Contudo, eu precisaria parar em um mercado no caminho do trabalho para casa, então pensei em levar os dois, a cadeira para a caminhada mais longa, mas tomei a coragem de deixar a cadeira em casa.
Comecei a ficar nervoso no caminho do trabalho para o mercado e pensava comigo mesmo: “As pessoas vão ficar encarando um homem velho cambaleando em um andador. E se eu perder o equilíbrio e cair no meio do mercado?”
Então, pensei: ” Você tá falando sério? Você tá preocupado com cerca de 500 passos que terá que dar para entrar dentro do mercado e voltar? Mas e se eu cair? Isso seria muito constrangedor. Talvez, eu devesse comer o que tenho em casa mesmo e voltar aqui com a cadeira de rodas amanhã!”
Mas foi ai que pensei: ” Não deixe a Ataxia decidir o que você vai jantar!”
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Supere as circunstâncias mantendo o foco
Então, entrei com o andarilho dentro do mercado aproximadamente às 17h30, quando todo mundo estava lá com seus filhos observadores.
Quando faltava a metade do caminho para chegar na prateleira do espinafre, fiquei um pouco cansado, cambaleante e comecei a pensar: ” Essa foi a pior ideia de todos os tempos, talvez eu devesse voltar antes de fazer uma cena.”
Então, pensei: ” Não deixe a Ataxia decidir o que você vai jantar.”
Comecei a focar em cada passo que dava e finalmente consegui chegar no espinafre e acabei pegando um abacate também. Paguei as compras e voltei cambaleando para o carro.
Eu consegui! Nada de ruim aconteceu! Não usei minha cadeira de rodas o dia inteiro e ainda comi uma deliciosa salada de espinafre com abacate.
Não deixe as circunstâncias ditarem seus resultados
A deficiência apresenta muitos desafios diários. Alguns desses desafios podem parecer insignificantes, então evitamos a situação e tentamos dizer a nós mesmos para focar em coisas mais importantes.
Contudo, infelizmente, cada concessão que fazemos mina nosso senso de controle e independência. Quando superamos esses desafios aparentemente insignificantes, vivenciamos um incrível senso de realização.
Além disso, se eu tivesse desistido e voltado para casa teria comido uma salada de espinafre sem espinafre!
*Tradução livre por Talita Cazassus Dall’Agnol
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Oi, gostei do texto e gostaria de reblogar na minha página do face. Programei para quarta as 12hs. Se não quiser, eu posso cancelar, sem problemas…
Obrigada!
https://www.facebook.com/mezpsicologia/
Marilice
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Oi Marilice,
Fico feliz que tenha gostado do nosso blog e vai compartilhar o post no seu face!
Um abraço
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10!
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Muito importante esse tipo de texto,muito útil para todos nós sempre!
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