Ter um filho com deficiência não é tarefa fácil. Apesar de muitas pessoas levarem uma vida livre de preconceitos, parece que nunca estamos verdadeiramente preparados para enfrentar todos os desafios que envolve essa experiência.
Por isso, selecionamos alguns conselhos com base em nossas vivências como mãe e irmã de um lindo rapaz Down que hoje tem 21 anos. Confira!

Eu e o meu filho, Caíque, em 2003!
1.Não se culpe pela deficiência de seu filho
No momento em que recebemos o diagnóstico da deficiência, um turbilhão de pensamentos consomem a nossa mente e por vezes nos culpamos pela condição de nossos filhos.
O fato é que não podemos mudar o presente, mas podemos sim construir um futuro melhor para eles. Por isso, se dedique a ser a mãe que seu filho precisa para ter uma vida plena e feliz!
2.Não se isole
Muitas mães que possuem filhos com deficiência passam a não frequentar mais a casa de amigos ou mesmo eventos da própria família. Isso porque temem que seu filho não seja aceito ou mesmo sofra alguma rejeição por parte da sociedade. Contudo, quanto mais você integrar o seu filho, mais as pessoas compreenderão a condição dele e o aceitarão! A socialização é fundamental tanto para a mãe quanto para a pessoa com deficiência, acredite!
3.Evite comparações
Por vezes comparamos nosso filho com pessoas normais e até mesmo com outras pessoas que possuem deficiência. E aí, todo tipo de pergunta surge: Por que ele conseguiu entrar em uma universidade e meu filho não? Veja como ele consegue se comunicar bem, já meu filho tem tanta dificuldade…Será que eu não fiz tudo o que devia? Será que eu não o estimulei corretamente? Nossa, ele conseguiu morar sozinho! Será que meu filho também conseguirá morar sozinho e ser independente?
Enfim, muitos são os questionamentos que fazemos. Nesse momento é importante lembrar que cada indivíduo é um ser único e que é impossível encontrar pessoas iguais, ou seja, mesmo que possuam a mesma deficiência, o desenvolvimento nunca será igual. Por isso, estimule sim, mas sobretudo aceite e respeite o seu filho do jeitinho que ele é!
4.Busque conhecer a deficiência
Obter conhecimento é fundamental para ajudar o seu filho. Busque conhecer a deficiência ao máximo: pesquise, leia livros e artigos, faça cursos, assista filmes!
Recomendo que assistam o belíssimo filme “ O óleo de Lorenzo”, que retrata a luta real de pais que ao descobrirem que seu filho possuía uma rara doença degenerativa do cérebro, começam a estudar e pesquisar sozinhos um método para deter seu avanço.
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5.Respeite as limitações de seu filho
A estimulação é fundamental para o desenvolvimento da pessoa com deficiência. E é natural que os pais queiram oferecer ao seu filho todas as terapias e atividades disponíveis: fonoaudiologia, psicoterapia, natação, aulas de música, escola, reforços no Kumon, dentre muitos outros!
Contudo, nem sempre a resposta dele será a que esperamos. Talvez, mesmo com todo esse incentivo e investimento seu filho não consiga chegar a faculdade. Talvez, ele não consiga nem mesmo terminar o ensino fundamental. Por isso, é importante entender os sinais que seu filho está passando: pode ser que ele não esteja mais conseguindo acompanhar a turma e se isso pode ser algo frustrante para você, imagine para ele!
Caso perceba que realmente ele chegou ao seu limite, tire-o da escola. Tente outras atividades mais leves ou os Centros de Ensino Especial e ONGs que oferecem atividades profissionalizantes para pessoas com deficiência! Talvez isso seja tudo de que ele precisa para desenvolver todo o seu potencial!
6.Envolva toda a família na criação de seu filho
É natural que a mãe acabe assumindo a maior parte das obrigações que envolvem a criação de uma pessoa com deficiência. No entanto, todos os membros da família podem ajudar de alguma forma nessa tarefa!
Por que não dividir com o marido a realização das tarefas da escola de seu filho? Por que não pedir aos irmãos que o acompanhem nas brincadeiras ou se já possuem CNH que o acompanhem na consulta da fono ou fisioterapia?
A divisão das tarefas trará benefícios para todos: a mãe não ficará tão assoberbada, o pai e irmãos se tornarão mais conscientizados e o filho com deficiência certamente se sentirá mais amado e querido… Além disso, a família ficará ainda mais unida!
7.Ajude outras mães
Assim como você, muitas mães estão cheias de dúvidas e inseguranças quanto a criação de seus filhos com deficiência.
Que tal ajudar compartilhando suas experiências? As redes sociais estão repletas de mães que compartilham seu dia a dia! Você também pode conhecer outras mães em eventos promovidos pela escola dele, clínica ou ONGS, como a APAE.
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*Por Talita Cazassus Dall’Agnol e Luciene F. Cazassus Arantes
Perfeito! Condutas fundamentais a serem observadas e seguidas. Sincero e útil, esse assunto. Parabenizo as duas.
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Estas dicas são importantes para colocá-las em prática até no nosso dia a dia, precisamos obter estas informações para podermos repassá-las com segurança e lucidez.
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Parabéns, filha! Tem sido um trabalho de muita fé e coragem!!! Parabéns pelo apoio incondicional e incansável desta neta querida, Talita!!! E ao paizinho e o irmão que souberam fazer junto à vocês, a família que Caique precisa!
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